Cuidados Pet

Tudo que você precisa saber sobre: vacinação de cães

A vacinação dos cães é um dos cuidados mais importantes que você
deve ter assim que adota ou compra um filhote. Atualmente, existem
vacinas para diversas doenças infecciosas que são comuns nos cães,
além da vacina anti-rábica e algumas outras vacinas que não são
“obrigatórias”, como a vacina da gripe e da giárdia.
Existem protocolos e guidelines que servem como base para o protocolo
vacinal de cães e gatos, porém, algumas coisas podem variar dependendo
do país, estado ou cidade que você mora, se o animal vive em casa,
apartamento, sítio ou praia. Hoje, eu vou explicar pra vocês o
protocolo de vacinação básico e mais comum. O ideal é que em uma
consulta com o seu veterinário de confiança, um protocolo individual
seja montado de acordo com as particularidades do seu animal.

VACINAS OBRIGATÓRIAS E NÃO-OBRIGATÓRIAS

As vacinas “obrigatórias” são aquelas que todos os cães do mundo
devem receber: cinomose, adenovírus canino tipo 1 e 2 e parvovirose.
Alguns países possuem outras vacinas também consideradas
obrigatórias, como por exemplo, a vacina anti-rábica feita no Brasil
(necessária também para viagens nacionais e internacionais do pet).

As vacinas “não-obrigatórias”, são aquelas utilizadas em casos
específicos onde o animal está exposto a determinadas doenças, como
por exemplo, animais que frequentem creches e hotéis e precisam ser
vacinados contra a gripe devido a aglomeração de animais em um mesmo
local.

VACINAÇÃO DE FILHOTES

A grande parte dos filhotes recebe uma proteção de anticorpos maternos
durante as primeiras semanas de vida. Essa proteção dura cerca de 8 a
12 semanas e é chamada de imunidade passiva. Após esse período, esse
índice de anticorpos maternos cai e permite que a imunidade ativa seja
feita através da vacinação. Essa interferência dos anticorpos
maternos é o que faz ser necessário que o animal receba mais de 1 dose
de vacina. Basicamente, a cada vacina recebida o animal atinge mais uma
parte da proteção necessária, até que na última dose ele esteja
100% protegido. Mas veja bem, ainda que na teoria a imunização
funcione desse jeito, na prática podem ocorrer as falhas vacinais
ocasionando uma série de situações diferentes e pode ser que alguns
animais mesmo vacinados no período certo, com vacinas importadas e de
qualidade, não produzam anticorpos em uma quantidade necessária para
que fiquem protegidos.

QUANDO VACINAR?

A primeira dose de vacina deve ser feita entre 6 a 8 semanas de idade
(45 a 60 dias) e então ser repetida entre 21 a 30 dias depois até os 4
meses de idade, ou seja:
– 1ª dose: 45 a 60 dias de idade;
– 2ª dose: 66 a 90 dias de idade;
– 3ª dose: 87 a 120 dias de idades;
– Com 120 dias: anti-rábica.

Cuidados antes do fim das vacinas

A principal dúvida em relação as vacinas é: quando o cachorrinho
poderá sair para passear, ou para tomar banho no pet shop ou para ir
para a creche?
A minha recomendação pessoal é: esperar 21 dias após a última dose
da vacina para sair com o animal. Por que? Bom, todos sabemos que no
Brasil a taxa de animais vacinados ainda é muito pequena, portanto, o
filhote que sai na rua sem estar vacinado corre grandes riscos de ficar
doente. Levando em consideração ainda que nos pet shops, creches,
parques e praças existe uma grande concentração de animais que você
não tem certeza se estão vacinados, se estão saudáveis ou doentes,
se são portadores de vírus silenciosos, eu acho um risco
desnecessário de correr.

REFORÇO ANUAL

Após o protocolo “inicial” de vacinação, feito quando o animal ainda
é filhote, ele precisará de uma dose de reforço anual. Esse reforço
é importante justamente pelo fato de que alguns animais podem não
produzir uma taxa satisfatória de anticorpos e portanto, precisam de um
reforço.

É muito importante que as vacinas sejam feitas corretamente e nas datas
determinadas pelo seu veterinário para que seu animal esteja sempre
protegido e saudável. O aplicativo do Mapspet te ajuda a lembrar as
datas das vacinas e também outras informações importantes como
medicamentos, vermífugo e antipulgas.

 

Texto escrito pela Médica Veterinária Dra. Ana Bolfer